Minha vida sobre 2 rodas.
2 fev 2007
Este relato é de uma viajem de 1.750km em 8 dias de estrada, sendo que dia 08 de dezembro de 2006 fui ao MotoLaguna em Laguna/SC onde estava programado para encontrar a galera, ficamos no encontro até no dia 10 (domingo) onde seguimos em 9 motos (falcon, twister, fazer e titan) para Serra do Rio do Rastro e Urubici, já no dia 11 (segunda) estávamos apenas eu e o MaurÃcio sobre duas NX4 Falcon seguindo para Serra Gaucha onde irÃamos passar uma semana.
Domingo 10/12/2006
Damos inÃcio ao nosso passeio com objetivo de conhecer a Serra do Rio do Rastro e Urubici. Era para sairmos � s 8h00 da manhã, um pouco de atraso e algumas paradas para apreciar a vista, perdemos uma hora até chegarmos na BR-101, estávamos eu, Jorge, MaurÃcio, Flávio, Sr. Antônio e André; encontramo-nos com Roberto e Fábio e fomos tomar café da manhã em um posto 500m sentido sul do trevo de Laguna onde esperamos o Daniel que estava vindo de Joinville. Motos abastecidas e agora sem fome seguimos � Braço do Norte. Já passava das 10h.
A BR-101 estava bastante movimentada e o fluxo de motos também era grande devido o MotoLaguna, saÃmos da rodovia federal em Tubarão, um pouco antes de chegar a Braço do Norte entramos em Termas do Gravatal por alguns minutos para visualizar o local do Encontro de Motociclismo de Termas do Gravatal, que em março/2007 estará em sua 13ª edição e com muito sucesso. Seguimos passando pelas cidades de São Ludgero, Orleans e Grão Pará.
Chegando no “pé†da Serra do Rio do Rastro paramos para tomar alguns copos de caldo de cana e dar uma esticada nos ossos. Estávamos em 9 motos e subindo a serra retratando cada curva. Quando chegamos � metade e melhor parte, fizemos uma última pausa, pois percebemos que a partir desse ponto estarÃamos entre as nuvens e com baixa visibilidade, curtindo apenas as fechadas curvas.
Como não podÃamos deixar para trás, fizemos a tradicional parada no Mirante da Serra do Rio do Rastro, o já esperado aconteceu, vÃamos apenas nuvens brancas em nossa frente.
Fomos almoçar um ótimo rodÃzio de churrasco no restaurante Cascata alguns quilômetros em frente onde visitamos a cascata anexa ao restaurante e conversamos com outros motociclistas que estavam voltando para casa após e encontro de Laguna. Passava das 14h quando seguimos para Urubici, Jorge e André percebendo o mau tempo e o avanço da hora preferiram voltar para casa mais cedo.
O horário já não daria para conhecer todos os lugares previstos, mas mantivemos o mesmo ritmo de viajem, andando em formação. A vista da rodovia que nos leva � Urubici é perfeita, belas curvas e um horizonte impecável.
Chegando próximo � cidade paramos para ver da rodovia a Cascata do Avencal, e um quilometro a frente o Mirante Belvedere de Urubici. Já no centro da cidade visitamos a Igreja Matriz, onde começou a cair uma leve chuva.
Dirigindo-nos para O Morro da Pedra e Janela Furada, onde tem a estação de radares do CINDACTA II, fizemos uma pausa em um posto para abastecer o corpo e as motos. O que repudiávamos aconteceu, a chuva grossa chegou; a princÃpio nos intimidou, mas resolvemos encarar assim que desse uma amenizada. Lá estávamos nós, encarando estrada de terra, pedras, lama e com água em nossas viseiras. Neste ponto percebemos uma grande diferença entre as motos Twister e Fazer em relação � Falcon; o grupo ficou dividido pela categoria da moto e nós de Falcons reduzimos nosso ritmo para ficarmos todos juntos.
No CINDACTA II há dois portões, sendo o primeiro permito a abertura pelos turistas, mesmo com as placas dizendo o contrário. O abrimos e fomos até o pico do morro, 1.700m de altitude e fazia muito frio, ao contrário do centro da cidade que fica 700m mais baixo. Como já prevÃamos não conseguimos ver a consagrada Pedra Furada.
Voltamos para o posto, onde passamos uma água nas motos e nos despedimos do pessoal do norte. Agora estarÃamos apenas eu e o MaurÃcio rumo para Serra Gaúcha. Ãamos passar a noite em um sÃtio no interior de São Joaquim e já eram 18h e faltavam vários quilômetros para rodarmos, por isso não perdemos muito tempo.
Com destino � São Joaquim ainda pegamos alguns poucos metros de chuva e logo o sol apareceu para secar nosso equipamento, pista limpa e seca aumentamos nosso ritmo, agora estávamos viajando entre 110 e 120km/h. Na cidade comemos um rodÃzio de pizza e conhecemos a Catedral de Pedra e encaramos a estrada para o sÃtio.
Segunda-Feira 11/12/2006
Depois de uma bela noite de sono e descansados seguimos viajem logo cedo. Lubrificamos as motos e � s 8h00 já estávamos na estrada. Seria o dia que mais rodarÃamos, nosso destino é Farroupilha/RS. Na SC-438, sentido Lages, trilhávamos rumo � s pretas nuvens existentes no céu, em uma rodovia repleta de belas curvas e exuberante beleza natural. Abastecemos em Lages e pegamos a BR-116.
Tomamos café da manhã � s 10h00 no Queijo & Cia, em Capão Alto, beira da rodovia, ele consiste em um buffet livre de café da manhã colonial de ótima qualidade e custo super baixo, comemos tanto que nem almoçamos.
Percebemos que a corrente da moto do MaurÃcio estava frouxa, em Vacaria tem uma autorizada Honda, esta que tentou nos enganar dizendo que não era possÃvel fazer o aperto e nem remover um elo da corrente, quando não aceitamos a troca da mesma eles deixaram a roda torta, fato que percebemos apenas em Caxias do Sul, na NIENOW Peças e Serviços para Motos, quando fomos muito bem atendidos e tivemos a corrente ajustada sem custos. O sol estava forte e começamos a utilizar protetor solar fator 50fps. Ainda em Caxias do Sul conhecemos o castelo da cantina Chateu Lacave, com um guia e direito a explicações sobre toda história do castelo.
Em Farroupilha fomos direto a um hotel, que nos informaram que seria o mais barato da cidade, era bastante velho e de banheiro social, sem café da manhã; pelo custo valia a pena e como estávamos em uma viajem econômica ficamos. O atendimento foi ótimo e tivemos até garagem fechada para as motos. A parada em Farroupilha foi estratégica, pois em Bento Gonçalves por ser uma cidade mais turÃstica os custos de alimentação e hospedagem são mais altos.
Malas no Hotel, fomos dar um bom banho nas motos, pois não havia previsão de chuva, fizemos um lanche no centro e percebemos grande fluxo de motos esportivas pela cidade. Abordamos o Guto do motoclube local: “Caxorro Loco†conversamos por algum tempo, e ele ofereceu a sede do moto grupo para nos hospedarmos (nos mudamos para lá no dia seguinte) e depois fomos comer um X-Salada indicado por ele.
Terça-Feira 12/12/2006
Pegamos estrada � s 8h15, após mais de uma hora para acordar e nos arrumar. Chegamos em Bento Gonçalves. Visitamos o conhecido pórtico em forma de “pipa†e colhemos as informações turÃsticas necessárias para visitarmos toda cidade. Uma torrada dupla e um suco de uva mais pesados começamos nosso “tur†pela cidade. Trem Maria Fumaça… Igreja em forma de “pipa  Museu do Imigrante… Eram os pontos mais interessantes do centro de Bento Gonçalves. Dirigimos-nos ao “Caminho das Pedrasâ€, alguns quilômetros de estradas repletos de casarões antigos construÃdos em pedras e alguns pequenos comércios. Após alguns casarões chegamos na Casa do Tomate, já era perto do meio-dia e o protetor solar parecia não fazer efeito, mas mesmo assim insistimos em continuar, pois não poderÃamos alongar muito a viajem. Conhecemos ainda a Casa da Ovelha, onde eram produzidos derivados do leite da ovelha, e fomos almoçar na Casa da Massa, um belo prato de macarrão caseiro � Bolognhesa, o qual tivemos o prazer de desfrutar até o último milÃmetro de massa. Ficamos ali parados por cerca de duas horas sob a sombra de árvores, curtindo o som os pássaros e a suave brisa no rosto.
O perÃodo da tarde foi bastante calmo, conhecemos mais alguns poucos pontos turÃsticos para encerrar o Caminho de Pedras e sobrou algum tempo para irmos � casa do grande escultor Bez Batti (conhecido internacionalmente pelas suas obras em pedra basalto).
Voltando para a cidade passamos o final de tarde no shopping nos comunicando com o pessoal e descarregando a máquina digital que já estava com mais de 160 fotos. Por volta das 8h00 seguimos para Farroupilha jantar e passar a noite. Neste trajeto senti falta de meu freio traseiro, acho que devido a peso das malas, pois no dia seguinte estava tudo normal.
Quarta-Feira 13/12/2006
Neste dia conhecemos as famosas cantinas de vinhos de Bento Gonçalves. Iniciamos pela Salton, produtora em larga escala, com uma linha de envaze invejável, fizemos a visitação � linha de produção junto a um grupo de turistas, isso fez com que saÃssemos apenas 11h00 da vinÃcola. Partimos para ponte de Veranópolis, muito bonita e grande, mas esperávamos mais. Almoçamos na beira de estrada em um restaurante não muito bom e fomos para o Vale dos Vinhedos onde conhecemos diversas cantinas como Don Laurindo, Chandon (espumantes), Miolo, Cordellier e outros. À noite fomos a um bar com musica ao vivo de Bento Gonçalves e antes do dia acabar fomos dormir em Farroupilha.
Quinta-Feira 14/12/2006
Aproveitamos um bom café da manhã colonial de ótima qualidade e preço muito baixo. As rodovias daquela região são todas muito belas e cheias de curvas que merecem atenção.
Chegando na cidade procuramos logo por uma pousada no centro de informações turÃsticas, pois era época natalina e o Gramado Luz lota todos hotéis e pousadas; selecionamos três delas que estavam no caminho para Gramado, passamos a primeira por ser um colégio interno, a segunda pousada estava lotada e na terceira havia um “apartamento†vago no valor de 25,00/pessoa. Estávamos a menos de 10km do centro de Gramado e é claro que por esse custo/benefÃcio ficamos por ali mesmo. Uma boa cama, banheiro ótimo, cozinha completa, sofá-cama, TV com parabólica… Passava de 13h00 e fomos a Canela ter uma noção geral da cidade, não almoçamos pois o café da manhã foi reforçado. Visitaa região, NÃO desçam a escadaria do Parque Caracol, são 49 andares e 950 degraus, mesmo para quem tem bom condicionamento fÃsico é bastante puxado.
Principais pontos turÃsticos conhecidos fomos a Gramado, conhecemos a Hollywood Dreams Car, um museu de carros antigos; e o centro. Uma passadinha na pousada para limpar o corpo e voltamos a Canela para comer um ótimo rodÃzio de Pizza na Toca da Bruxa, local onde estragou a lente de minha máquina fotográfica. Deste ponto para frente serão poucas fotos.
Sexta-Feira 15/12/2006
Após um café da manhã comprado no mercado e feito na pousada nos dirigimos � Nova Petrópolis conhecer o Labirinto Verde e ver algumas lembranças. Ficamos pouco tempo e já fomos � Gramado terminar nosso “tur†pela cidade.
Museu do Perfume, Museu do Chocolate, Museu Medieval. Os dois primeiros são empresas que fabricam os produtos e tem interesse na venda deles, o terceiro é do Guerreiro do Asfalto, um ex-motociclista que deixou para trás um sonho para construà o castelo (outro sonho). Ele tem um bom museu e é especializado em buscar por brasões das famÃlias, ele nos indicou um bom restaurante com baixo custo.
Novamente estávamos “apanhando†para o sol, conhecemos o Mini-Mundo e o Parque Knorr (aldeia do Papai Noel), minhas pernas estavam muito doloridas por conta da escadaria do Parque Caracol. Voltamos ao museu do Chocolate para conhecer a linha de produção que anteriormente não foi possÃvel e seguimos para a Fábrica de Cristais, um lugar quente, mas o calor valeu a pena.
Voltamos ao apartamento descansar e como já tÃnhamos conhecido tudo que considerávamos importante decidimos ir � Cambará do Sul no dia seguinte ver os Cânions.
Sábado16/12/2006
SaÃmos de Nova-Petrópolis passando por Canela, onde compramos mais algumas lembranças e um Papai Noel de pelúcia para ir enforcado no meu bauleto (hehehe). São Francisco de Paula, onde conhecemos um lago. As estradas dessa região são de enorme beleza, retas e mais retas.
Chegando a Cambará do Sul pedimos informações turÃsticas e nos informaram que em ambos os cânions tÃnhamos que caminhar bastante para ver a paisagem, então decidimos seguir viajem e deixar os cânions para uma próxima viajem, estávamos cansados e com dores nas pernas (ainda devido a escadaria na quinta-feira).
Começamos a descer a Serra do Faxinal, estrada de terra com muitas pedras soltas, eu estava com excesso de carga no bauleto e como meu bagageiro é bem reforçado fiquei com medo de quebrar o quadro de minha moto. Desci a serra com muito cuidado e sempre em velocidade muito baixa. Encontramo-nos com um grupo de motociclistas que estavam indo � Florianópolis via Rio do Rastro para passarem a semana. Almoçamos em Praia Grande, descansamos � beira do rio e seguimos via BR-101 para Urussanga, nos despedimos do pessoal que iria subir a serra do Rio do Rastro. Para mim a viajem termina aqui, Mauricio seguiu viajem no dia seguinte para Joinville.
Observações gerais sobre a viajem:
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