Minha vida sobre 2 rodas.
24 nov 2007
Quarta-feira
Era final de tarde e ainda não tinha a confirmação de que poderia viajar. Mas deu tudo certo e peguei estrada � s 7h00 da noite viajando até Capão da Canoa. Onde passei a noite na casa do Rogério.
Ao sair de casa percebi um probleminha na minha moto. Ela tinha ido para balancear as rodas no dia anterior em uma oficina conceituada, porém não de minha confiança. Após isso ela só andou sobre a pickup. Ao pegar estrada senti que algo estava errado na roda dianteira. Parando para analisar nada encontrei na suspensão, mesa, rodas… tudo certo. Ao olhar para o eixo a surpresa: os 4 parafusos que fixam o eixo estava totalmente frouxos, tinha sido posto com a mão e girado apenas 1 volta. Por sorte estava com as chaves na moto (primeira vez que utilizei).
Poderia ter levado uma queda bastante grave por conta desse descuido do mecânico.
Tempo: 2h00m46s
Distância: 181km
Media de Velocidade: 90,2km/h
Quinta-feira
Tudo pronto. 8h00 estávamos com os pneus na estrada do mar. Eu, Rogério e Alexandre Martins, este que tinha sua Falcon com apenas 1.800km em mais de um ano.
De Falcon 2006, munidos de alforges e bauletos seguimos para Porto Alegre, almoçando em Pelotas com o grande parceiro Rodrigo Nunes, ainda em Pelotas conversamos com o Sr Gentil (lê-se Motoban.com.br). Até então só estrada, retas, caminhões, acidentes, gasolina…
Nossa primeira parada turÃstica foi na reserva do TAIM, não podia ser diferente. Muitas fotos e alguns minutos de vÃdeo. Seguimos rumo ao Chuy! Estávamos andando em um ritmo mais forte que o normal, pois tÃnhamos uma longa distância para um único dia.
Algumas fotos no pórtico de Santa Vitória dos Palmares e seguimos. Gasolina estava baixa, mas resolvemos abastecer no Chui. Chegando ao posto da Receita Federal, onde eu precisava declarar minha máquina fotográfica digital tivemos o primeiro problema: Falta de gasolina em uma das motos. Como viajávamos contra o vento e a 7.000rpm o consumo de combustÃvel estava acima do esperado. O posto de combustÃvel estava � 1km adiante.
Motos abastecidas. Chegamos ao Chuy. Passamos rapidamente em um freeshop (ainda não era hora das compras) e fomos para as papeladas para entrar no paÃs vizinho.
Problema número dois: Meu RG é de quando tinha 11 anos. O cara foi super grosso e não quis me deixar passar (aceitaram sem reclamação da ultima vez). Já estava pronto para voltar � Pelotas e tentar entrar pela fronteira de Jaguarão. Alexandre e Rogério já estavam concluindo o preenchimento quando pedi se eu poderia preencher também, argumentei que não era do RS, que já tinha viajado muito, educadamente tentei convencê-lo que iria até Punta Del Diablo apenas para passar a noite. Não foi fácil, mas eles liberaram, pedindo uma propina é claro. R$30,00 para a alfândega e entramos. Nota importante: Ande sempre com um RG atual, pois ele perde validade. Principalmente quando se é menor de idade ao fazê-lo (vale por 5 anos eu acho).
Impasses resolvidos e seguimos direto � Punta Del Leste, aonde chegamos por volta das 21h00. No caminho apenas paisagens, campos e retas. Intermináveis retas!
Com fome fomos direto a uma pizzaria “livreâ€, onde comerÃamos � vontade por apenas R$11,00. Não temos o que reclamar quanto � pizza e nem quantidade, apenas nos esquecemos de consultar os preços das bebidas antes de fazer o pedido. Sempre olhe o preço antes de consumir!
Como todos sabem os custos de Punta Del Leste são altÃssimos. Fomos então direto ao Albergue (Hostel 1949), conseguimos hospedagem � R$45,00 por noite/pessoa e mais R$15,00 por moto. No albergue tinha muitos “mochileiros†europeus. Rendeu uma boa conversa em uma mistura de inglês, português e “portunholâ€. Demos uma caminhada na noite de Punta para passar pelo cassino e marina… aproveitamos para tomar nossa primeira PatrÃcia em um posto próximo ao Hostel, pois como é baixa temporada não havia nada aberto.
Tempo: 9h01m56s
Distância: 915,45km
Velocidade Média: 101km/h
Sexta-Feira
Acordamos com chuva e fomos caminhar pela cidade. Conhecemos a arquitetura, orla marÃtima, marina e tudo mais. A previsão do tempo nos indicava chuva por todo Uruguai, Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina até domingo, essa informação nos “animou bastanteâ€.
Pegamos as motos no estacionamento e fomos almoçar em um pequeno restaurante (Problema #3: arroz sem sal, ao colocar sal virei todo saleiro no meu prato. Lição: Al usar o saleiro segure a tampa, pois ela pode cair – pausa para risos), já com as malas. Conhecemos os demais pontos turÃsticos de Punta Del Leste.
Por volta das 16h00 seguimos para Melo, onde haveria o 4º Mega Show Internacional de Melo. Viajamos pela Ruta 16 que leva a Minas. Uma estrada linda e com ótimas curvas. Seguimos para Trinta e três. Chegando a Melo – capital de Cerro Largo.
Hospedagem arranjada e banho tomado fomos comer um Chivito (X-Salada) e dar uma volta pelo moto encontro. Enquanto uns dormem eu conheço a noite uruguaya. Lá as festas são diferentes, gostei da lei de proibido fumar em publico, no pub há uma “sacada†onde todos fumantes mantêm o vÃcio.
Percebi também o quanto é diferente o acesso aos recursos financeiros no paÃs. Apenas uma pequena faixa de chamados “burgueses†tem o potencial de pagar o altÃssimo valor de R$10,00 (com direito a duas PatrÃcias de 1L) para entrar no pub.
Sábado
Acordamos mais tarde, pois todos estavam cansados.Decidimos ir almoçar no Brasil aproveitando para fazer as compras no free shop, pois domingo seria um dia bastante puxado.
Foram 100km até Rio Branco e Jaguarão, almoço de qualidade intemediária mas bem melhor que os do Uruguay. Uma tarde de compras. wisky, licores, perfumes… Sacolas por todos os lados e a moto ficando cada minuto mais pesada.
Por volta das 19h00 estávamos de volta a Melo, curtimos o encontro durante a noite e fomos comer em uma pizzaria: eu, Rogério, Alexandre, Rodrigo e namorada, Fabian Suarez com esposa e filho. A pizza estava bem melhor que os “Chivitos†e a bebida também tinham custos normais. Ahhh PatrÃcia… Bem no Uruguay só se fala de PatrÃcia! “Arrepender-se de não ter feito é pior que arrepender-se de ter feito!
A noite foi curta. TÃnhamos muitas horas de pilotagem no dia seguinte.
Tempo: 8h36m (sexta + sábado)
Distância: 637km (sexta + sábado)
Velocidade Média: 74km/h (sexta + sábado)
Domingo
Malas arrumadas, motos pesadas seguimos direto para o Brasil. Foram horas de planÃcies e pastagens novamente. Almoçamos em Pelotas (dessa vez foi um ótimo almoço) onde encontrei com alguns parceiros que estavam a 10 dias na estrada.
Meu pneu estava ficando liso de mais, não esperava um desgaste tão grande em “apenas†um final de semana e para ajudar detectei um prego bem no meio dele. Fomos a borracharia analisar o caso. Acabei deixando o prego ali mesmo!
Porto Alegre… Osório… Capão da Canoa e me despedi de Alexandre e Rogério. Estrada do Mar… Cheguei por volta de 20h00 direto para uma festa de famÃlia.
Tempo: 7h57m19s
Distância: 813,07km
Velocidade Média: 102,2km/h
Distância total percorrida nessa viagem: 2.546,52 Km
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1 Comentário para "Punta Del Leste e Encontro Internacional de Motociclistas de Melo - 2007"
Olá! Vcs sabem me dizer quantos Kms é de Jaguarão a Punta del Este?
Grata, Elisa
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