Como adquirir o DVD do Documentário?

O DVD do Documentário completo abordando como Nasceu a viagem, a preparação das motos, treinamento, largada promocional mais o dia a dia da viagem registrando os locais, povos e situações encontradas ao longo desta longa viagem, mais um capitulo com 250 fotos e dados sobre os cinco países percorridos custa R$ 38,00. Mande um e-mail para vantuirsc@gmail.com e lhe enviaremos as instruções para aquisição.

Vantuir Boppre
Cleber Bonotto

TRAILER

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Clipe da viagem

Ainda há muito trabalho a ser feito para a conclusao do Documentário que estará pronto em abril. Mas já disponibilizamos uma pequena parte do que está sendo preparado.

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26° dia (Ultimo dia). Foz do Iguaçu (PR) a Florianópolis (SC) 1.030 km.

Era chegado o ultimo dia de viagem. Nos abastecimentos no centro-oeste de Santa Catarina, já ouvíamos o sotaque alemão. Era o sinal de que estávamos de volta a nossa terra. É um trecho do nosso estado que já conhecemos bem, mas passar por ele depois de todos os caminhos que havíamos passado, tinha um tom diferente. Estava melhor do que antes, era o caminho de casa.

Chegamos a Florianópolis e seguimos direto para a cabeceira insular da histórica ponte Hercílio Luz. Era ali que finalizaríamos o projeto: Caminhos da América. Já estávamos perto do Atlântico novamente. O que também soava diferente, pois havíamos conhecido o pacífico que fica exatamente do outro lado do nosso continente. Enquanto entrava na ilha de Florianópolis muitas imagens dos caminhos passados, das pessoas encontradas, dos locais, dificuldades e tudo que passamos nesta viagem me vinha a mente. Viajar é acumular um tesouro cultural incalculável. Havíamos conhecido uma América muito mais impressionante do que jamais havíamos imaginado. Chegava a hora de desfazer a bagagem, rever os amigos e parentes e começar a trabalhar o valioso material produzido durante a viagem. Há mais de 12 horas de filmagens para serem editadas e convertidas no documentário que foi o objetivo da viagem. Mas não hoje. Hoje é dia de comemorar o sucesso da viagem e toda a proteção recebida.
Há uma frase que gosto muito que diz: “Quem parte nunca mais será o mesmo quando voltar”.
Que assim seja.

Obrigado a todos que nos acompanharam e que mandaram suas mensagens. Nem sempre foi possível responde-las, mas elas foram sempre lidas e guardadas como um presente de cada um de vocês.

Ps: Em breve postaremos uma avaliação de todos os equipamentos usados na viagem para futura avaliação de todos.

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Chegada nesta quarta feira.

Está prevista a chegada a Florianópolis nesta quarta feira a tarde da Expedicao Caminhos da América.

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25° dia. Foz do Iguacu.

Dia da muamba. Impossível ir a Foz do Iguacu e nao ir ao Paraguai. Ficam praticamente juntas. Passamos pro outro lado da ponte da amizade em Cidad del Leste para comprar umas muambas. Nesse dia era preciso tambem comprar uma corrente nova pra minha moto que na noite anterior esgotou toda a possibilidade de regulagem e comecou a cair.

Nao achamos a corrente, e a tarde combinei com o amigo Marcelo Gubert de Medianeira a 50 quilometros de Foz, uma visita e uma troca de corrente que ele possuia em casa. Bonotto foi visitar sua tia que mora em Sta Terezinha do Iguacu enquanto eu ia a Medianeira. Marcelo que a pouco tempo chegou de uma Expedicao solitária de 19.000 km pelas Guianas, Venezuela, Equador, Colombia e Peru ajudou na troca da corrente enquanto colocavamos os assuntos em dia.

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24 dia. Pampa de los Guanacos a Foz do Iguaçu. 1010 km.

Ontem ao fim da tarde passamos um calor absurdo. O vento que vem parece sair de um forno. É insuportável! Tocamos um pouco a noite porque era menos quente e tornava a pilotagem mais agradável.
Este trecho das estradas argentinas é muito monótono, bem diferente de outros caminhos deste país. A paisagem é quase sempre toda igual e a estrada é uma longa reta de sumir de vista.

Passamos por muitos grupos de motociclistas que provavelmente seguiam em direcao aos locais que havíamos passado. Ja deu saudade dos locais.

Tocamos o dia todo para fazer a maior quilometragem da viagem, 1.010 km e chegar ja a noite em Foz do Iguacu. La, enquanto pediamos informacao sobre hotéis acabamos conhecendo um outro motociclista de Foz, Valmor. Ele estava numa Hayabusa e acabou nos ajudando na busca pelo hotel. Rapidamente resolvemos a questao da hospedagem e ele se prontificou a nos pegar de carro ali depois para procurar um lugar para jantar. Seria mais uma noite agradável com muita cerveja e um bom papo sobre viagens e motos.

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23° dia. San Salvador de Jujuy a Pampa de los Guanacos. 530 km

Me desculpem os outros grupos sociais, mas não há comunidade mais unida do que a motociclistica. É uma verdadeira irmandade. Digo isso porque há dois dias o Bonotto fez contato com o Brazil Riders (Grupo de motociclistas que se ajuda mutuamente em vários locais) solicitando que alguem recomendasse um mecânico que pudesse consertar sua moto em San Salvaodr do Jujuy. No dia seguinte lhe passaram um email com um celular de uma pessoa que ajudaria. Essa pessoa era o motociclista Ernesto. Uma pessoa excepcional! Foi nos buscar nos arredores da cidade, trouxe-nos até sua casa. Não permitiu que ficássemos em outro lugar que não fosse lá, levou o Bonotto até o mecânico e nos tratou como se fossemos amigos de longa data.. A noite na sua casa, conversamos até tarde sobre motos, viagens, o Brasil e vinhos, tudo regado a saborosa cerveja de litro argentina.

No sábado preparou um autentico assado argentino (Churrasco) com uma carne extremamente saborosa e de quebra ainda saboreamos duas garrafas de vinho que estavam especiais. Ernesto, um cidadão do mundo, homem viajado e também apaixonado por motos recebe com freqüência amigo motociclistas que estão passando por Jujuy. Faz isso com maestria.

Antes da nossa saída fez questão que fossemos a uma gelateria (sorveteria) que fabrica sorvetes especiais com muitas frutas da região. Fantástico. Um novo amigo que ficará guardado pela sua simpatia e pelo carinho que nos recebeu.

Saímos de San Salvador de Jujuy para fazermos mais 530 quilometros e pernoitarmos em Pampa dos Guanacos neste que seria nossa ultima noite dormida fora do Brasil . Amanha estaremos de volta as terras tupiniquins.

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22° dia. Tupiza a San Salvador de Jujuy (Argentina)

Um fato curioso que tem acontecido com freqüência nesta viagem é sobre o local que as motos ficam. No hotel em Tupiza mandaram a gente colocar dentro da recepção do hotel, bem na entrada. Foi assim tambem em Nasca e em muitos outros lugares elas ficaram em lugares inusitados ou estranhos. O importante pra nós é ela estar segura.

Saindo de Tupiza fomos abastecer as motos e tivemos uma surpresa. Aqui é cobrado o sobre preço para veículos de fora. A gasolina que vínhamos pagando R$ 1,25 iría para R$ 1,96. Um absurdo! Tentamos convencer o dono do posto que aquilo era irregular, mas não teve jeito. Resumo: Não abastecemos as motos. O tanque estava quase vazio, mas ainda restavam os rservátorios que seriam o sificiente para alcançarmos Vilazon, na fronteira, dali a 100 quilometros.

Saindo de Tupiza resolvemos fazer um atalho seguindo a linha férrea e passando por dentro de um túnel. Ficamos na dúvida se não havia o risco de encontrarmos o trem. Perguntamos a um menino e ele falou que hoje não tinha perigo porque era dia 10 e não passava o trem neste dia. O problema que o garoto errou o calendário por 19 das (era dia 29). Fomos olhando mas não fomos surpreendidos pelo trem, foi tranqüilo. O único perrengue foi que a trilha que imaginávamos que fosse encontrar a estrada mais a frente, não encontrou e tivemos que voltar uns quatro quilômetros.Ótimo, o local valia a ida e a volta. A estrada dali pra frente está em obra e o que encontramos foi muita poeira, muita pedra solta e muitos desvios. Um trecho que requer bastante atenção.

Chegamos a Vilazon para fazer os tramites aduaneiros e o local estava lotado por causa dos ônibus que também estavam na aduana. Perdemos uma três horas para fazer a nossa migração e regulamentar as motos na Argentina.

Seguimos de Vilazon por uma bela estrada em direção a Sana Salvador de Jujuy. Nesta estrada já havia uma grande mudança de vegetação com muitas lavouras e árvores. Aqui perto já há a tradição de bons vinhos argentinos.

Ao fim da tarde chegamos a San Salvador onde fomos recebidos pelo motociclista argentino Ernesto, que nos acolheu em sua casa.

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21° dia. Uyuni a Tupiza.

Andar de moto no salar de Uyuni é a maior sensação de liberdade que se pode sentir sobre duas rodas. Mal entramos no salar, e o que se abriu a nossa frente foi um mar de sal todo plano e de sumir de vista. Neste local se um portador de deficiência visual quiser sentir a sensação de pilotar uma moto, isso é possível. A grande salina se alastra por mais de sessenta quilômetros, toda plana, lisa e da pra andar na velocidade que você quiser. É fantástico! Há apenas uma indicação no GPS da direção a ser tomada, aliás não entre no salar sem gps porque num determinado momento você não saberá por qual lado entrou, já que tudo se transforma num grande mar de sal sem nenhuma referencia.

Andamos a um determinado momento a 150 km/h. O impacto visual é muito forte e inusitado. Onde você estiver pode virar a direita ou a esquerda e continuar seguindo. Tudo é plano e liso. Bem diferente da areia, pois é muito branco e firme. Fizemos algumas fotos. Parece um estúdio, já que o fundo é todo branco.

Seguimos por uns 60 quilometros por dentro do salar até a ilha do pescado. Um grande morro com muitos cactos que fica bem no meio do salar. Parece uma ilha mesmo. Subimos ao topo da ilha para filmar e bater fotos. É um belíssimo visual.

Na volta passamos pelo hotel de sal que fica bem no meio do salar. É um hotel feito totalmente de sal. As paredes, as cadeiras, as mesas, o chão, decorações, um relógio, algumas esculturas, as camas, criados mudos, etc. Não sei como fica se a pessoa tiver pressão alta. Acho que pode dar problema.

Na saída do salar uma camionete vinha em alta velocidade na estrada que da acesso ao Uyuni, não deu espaço pro Bonotto passar e ele quase foi ao chão. Eles não respeitam as motos aqui, cortesia nem pensar. Ainda a caminho da cidade uma desagradável surpresa. Na saída de um banco de areia a moto do Bonotto arrebentou a corrente. Era perto das quatorze horas e o sol era de rachar. Isso era um problemao. O Bonotto sugeriu de rebocarmos até o Uyuni e arrumarmos lá.Por fim achamos melhor trocar a corrente ali mesmo (Havia uma reserva). Num sol de rachar tivemos que abrir a tampa do pinhão pois a corrente velha ficou trancada. Depois de uns 30 minutos resolvemos esse problema. Neste meio tempo passou pela gente três BMWs e uma KTm de europeus que estavam indo pro salar e a gente havia conhecido na noite passada. Todos pararam, mas não podiam fazer nada, já estava resolvido o nosso problema. Um dos “pilotos” de uma BMW era uma mulher alemã que estava fazendo uma trip pela América do Sul..

Fomos até o Uyuni e de lá já partimos por volta das quatro da tarde em direção a Tupiza no sul da Bolívia. Uma estrada de chão muito difícil na qual fizemos 200 quilometros em seis horas, chegando lá pra mais das dez da noite num em mais um difícil dia nas estradas da Bolívia.

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20° dia. Laguna Colorada a Uyuni.

Era perto das sete da manha e quando abrimos a porta para a rua sentimos novamente o frio do deserto. Outra vez o termometro na moto marcava temperatura abaixo de zero. O café da manha foi 1 cm de pasta de dente. Saímos de moto para ainda nos primeiros raios de sol encontrarmos a Laguna Colorada. O que encontramos foi o visual mais espetacular desta expedicao até o momento. Do alto de um pequeno morro vimos a laguna que estava plenamente lisa, refletindo na agua o desenho de uma montanha que havia ao fundo onde o sol saia mais ao canto. As margens da laguna, alguns flamingos ja buscavam seu alimento dividindo o espaco com as ilhamas mais sociáveis até momento. Conseguimos chegar a dois metros dela. Quem conhece sabe o quanto isso é difícil. Sobre a água havia uma neblina fina que tornava aquilo tudo surreal. Gravei quase 30 minutos naquele local.
Olhava aquilo com a incredibilidade de que verei cena mais poética e bela do que essa que desenhava a minha frente naquele momento. Nenhum dos animais se afastaram com a nossa presenca e caminhamos livremente entre eles como se todos fizessem parte do mesmo habitat. Um dia fizemos. Havia uma áurea mágica naquele local por conta do silencio total, da ausencia de vento, da composicao visual, pelo nascer do sol e da integracao nossa com o local como se nao estivéssemos ali. Foi a mesma sensacao sentida dentro da floresta amazonica em 2.008 (http://transamazonica.blogspot.com/) Como se estivesse nos jardins de Deus ou num local que ele guardou pra si. No momento ele permitia dividir conosco.

Ainda embriagados com aquele visual saimos e o que encontramos pela frente foi o dia masi difícil da expedicao. A estrada sumiu. O que se havia pela frente era uma linha indicada pelo GPS da direcao ser tomada e salve-se quem puder. Nao havia um caminho definido. Havia vários rastros pelo meio de um imenso deserto onde cada um buscava o melhor caminho. eles alternavam entre areia fofa que afundava, estradas com pedras e grandes bancos de areia. Nao era possível saber qual o piso que viria pela frente. A experiencia off road adquirida nos ultimos anos foi de gande valia nessa hora para superar esse gigante desafio que nos aparecia. Bonotto com os freios prejudicados e cansando muito com a sequencia de obstaculos acabou tendo inúmeras quedas, sendo que nas ultimas nao tinha mais forca pra levantar a moto sozinho. Comecou a ficar profundamente irritado com o cenário e questionando nossa capacidade de concluir aquele trecho. Era o deserto fazendo mostrando sua forca. Bonotto neste dia acabou deixando cair acidentalmente a máquina fotográfica e quebrou uma das lentes profissionais de alto custo. Aos que acham que uma expedicao é subir numa moto e depois de 30 chegar de volta, fica o relato.

Apesar da dificuldade, o caminho é espetacular. em muitos locais as motos andam afastadas uma da outra até 100 metros. Olhando para o lado é uma visao impressionante. Aquele pequeno veículo cruzando aquele árido e fascinante território por dezenas e dezenas de quilometros. Ha uma sensacao que é uma mescla de poder e medo, é um sentimento difícil de explicar, mas fantástico de sentir.

No caminho encontramos a árvore de pedra, uma escultura natural de pedra que lembra uma árvore e fica no meio do deserto. Descansamos um pouco ali e continuamos a difícil jornada deserto a dentro percorrendo as outras lagunas que sao tao belas quanto a Laguna Colorada. Próximo a Laguna Hedionda tomamos uma outra rota que nos levou até Sao Cristobal. Esse caminho era uma trilha seguindo ainda por dentro dos altiplanos, por entre morros e pequenos riachos. Nao melhorou muito de qualidade, mas abreviou um pedaco da rota do dia em prol da seguranca pessoal e da integridade física que estao em primeiro lugar na tabela de valores da expedicao.

Ja era fim da tarde quando chegamos ao Uyuni onde amanha partimos para conhecer o salar que é o segundo maior do mundo.

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